quarta-feira, 1 de abril de 2009

Jogo do 15

O inventor deste jogo chama-se Samuel Loyd e os engenhosos problemas e numerosos quebra-cabeças de que é autor levaram-no a uma enorme popularidade.Eis o relato que o próprio inventor faz de alguns episódios da história deste jogo: " Os que de há muito frequentam o mundo dos enigmas recordam como no início da década de 70 obriguei todo o mundo a quabrar a cabeça com uma caixinha de peças móveis que se tornou famosa com o nome de jogo de 15. Numa caixinha quadrada, quinze peças numeradas estavam dispostas em ordem, com excepção das peças 14 e 15 que se encontravam na ordem inversa. O problema consistia em colocar as peças na posição normal por meio de trocas sucessivas. Por conseguinte, havia que corrigir e restabelecer a ordem das peças 14 e 15. Ninguém obteve o prémio de 1000 doláres oferecido a quem apresentasse a solução do problema, embora todo o mundo tentasse sem descanso resolvê-lo. Contavam-se histórias divertidas acerca de comerciantes que se esqueciam de abrir os seus estabelecimentos, de respeitáveis funcionários que passavam noites em claro à luz de lampiões em busca de soluções. Ninguém renunciava encontrá-las, porque todos tinham confiança no êxito. Falava-se de pilotos que, por causa do jogo, deixavam chocar os navios que conduziam, de maquinistas que passavam pelas estações esquecendo-se de parar os comboios, de fazendeiros que abandonavam seus arados."

Eu como professora de Matemática espero conseguir desafiar os meus formandos adultos a (re)aprender a Matemática com o mesmo entusiasmo com que milhares de pessoas se entregaram à resolução deste quebra-cabeças, oferecendo como recompensa, não um prémio monetário, mas uma melhor relação afectiva com a Matemática, criando neles o gosto da descoberta e o prazer pessoal que alguém obtém ao alcançar algum conhecimento pelos seus méritos.
Foi isto que senti, hoje, quando uma adulta me disse que já não vê a Matemática como um bicho de sete cabeças mas sim como algo útil para a sua vida.

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