quinta-feira, 30 de abril de 2009

Contrastes

A última ronda que eu fiz de apoio aos sem abrigo do Porto foi uma ronda de contrastes.
O primeiro contraste que encontramos foi quando fomos falar pela primeira vez com um sem abrigo e para meter conversa oferecemos um saco com alguns alimentos. E ele foi falando connosco e foi comendo pois estava cheio de fome. Mas mesmo ao seu lado alguém colocou no chão comida de gato para algum que passe por lá e não reparou naquele homem que estava cheio de fome e que necessitava de algum alimento...
Um outro contraste aconteceu à beira do MacDonalds. Um carro Mercedes de última gama a sair do parque de estacionamento do MacDonalds e mesmo ao lado estavam dois sem abrigo que revistavam o lixo todo. Perguntamos se precisavam de ajuda e vimos que eles queriam encontrar algo para vender e reparamos que um deles para além da deficiência física também tinha uma deficiência cognitiva.
Foi realmente uma ronda de grandes contrastes... só espero eu nunca ficar indiferente ao lado que muitas vezes consideramos o menos bom da nossa sociedade.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Earth Water

EARTH WATER...A ÁGUA QUE DEVEMOS PASSAR A BEBER...



Arrancou esta semana em Portugal um projecto pioneiro de solidariedade. A  água embalada Earth Water é o único produto no mundo com o selo do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), revertendo os seus lucros a favor do programa de ajuda de água daquela instituição. A  nível nacional, a Earth Water é um projecto que conta com a colaboração da Tetra Pak, do Continente, da Central Cervejas e Bebidas, da MSTFPartners, do Grupo GCI e da Fundação Luís Figo. Com o preço de venda ao público (PVP) de 59 cêntimos, a embalagem de Earth Water diz no rótulo que «oferece 100% dos seus lucros mundiais ao programade ajuda de água da ACNUR», apresentando, mais abaixo, o slogan «A água que vale água». Actualmente morrem 6 mil pessoas no mundo por dia por falta de água potável. Com 4 cêntimos, o ACNUR consegue fornecer água a um refugiado por um dia.

http://earth-water. org/

Todos os dias morrem seis mil pessoas devido à falta de água potável e destas, 80% são crianças. A cada 15 segundos morre uma criança devido a uma doença relacionada com a água. Com a criação da Earth Water pretende fazer-se a diferença e melhorar estas estatísticas assustadoras. Ao desenvolver o conceito "You Never Drink Alone"  pretende-se criar uma solução para a falta de água mundial. 

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Jogo do 15

O inventor deste jogo chama-se Samuel Loyd e os engenhosos problemas e numerosos quebra-cabeças de que é autor levaram-no a uma enorme popularidade.Eis o relato que o próprio inventor faz de alguns episódios da história deste jogo: " Os que de há muito frequentam o mundo dos enigmas recordam como no início da década de 70 obriguei todo o mundo a quabrar a cabeça com uma caixinha de peças móveis que se tornou famosa com o nome de jogo de 15. Numa caixinha quadrada, quinze peças numeradas estavam dispostas em ordem, com excepção das peças 14 e 15 que se encontravam na ordem inversa. O problema consistia em colocar as peças na posição normal por meio de trocas sucessivas. Por conseguinte, havia que corrigir e restabelecer a ordem das peças 14 e 15. Ninguém obteve o prémio de 1000 doláres oferecido a quem apresentasse a solução do problema, embora todo o mundo tentasse sem descanso resolvê-lo. Contavam-se histórias divertidas acerca de comerciantes que se esqueciam de abrir os seus estabelecimentos, de respeitáveis funcionários que passavam noites em claro à luz de lampiões em busca de soluções. Ninguém renunciava encontrá-las, porque todos tinham confiança no êxito. Falava-se de pilotos que, por causa do jogo, deixavam chocar os navios que conduziam, de maquinistas que passavam pelas estações esquecendo-se de parar os comboios, de fazendeiros que abandonavam seus arados."

Eu como professora de Matemática espero conseguir desafiar os meus formandos adultos a (re)aprender a Matemática com o mesmo entusiasmo com que milhares de pessoas se entregaram à resolução deste quebra-cabeças, oferecendo como recompensa, não um prémio monetário, mas uma melhor relação afectiva com a Matemática, criando neles o gosto da descoberta e o prazer pessoal que alguém obtém ao alcançar algum conhecimento pelos seus méritos.
Foi isto que senti, hoje, quando uma adulta me disse que já não vê a Matemática como um bicho de sete cabeças mas sim como algo útil para a sua vida.